Médicos do HC participaram do 1º Simpósio Mineiro de Cirurgia Robótica

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A cirurgia robótica, como conhecemos hoje, começou a ser realizada no ano 2000, nos EUA e, em 2008, no Brasil. Com a tecnologia finalmente disponível em Belo Horizonte, desde setembro do ano passado, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (Sobracil) resolveu se mobilizar para garantir, além da divulgação dessa importante ferramenta entre os médicos, a possibilidade de treinamento de novos cirurgiões.

Para tanto, foi realizado em dezembro passado, no Hospital Vila da Serra em Belo Horizonte, o 1º Simpósio Mineiro de Cirurgia Robótica. O evento foi organizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (SOBRACIL/MG) e abriu espaço para a atualização, discussão e aperfeiçoamento nessa tecnologia, possibilitando a disseminação do conhecimento em todo o estado. Participaram do evento, os cirurgiões oncológicos que atendem ao Hospital do Câncer de Patrocínio “Dr. José Figueiredo”, Dr. Fernando Augusto de Vasconcellos Santos, presidente da Sobracil e Dr. Jorge Vásquez Del Aguila que, atendem uma vez por mês na cidade, realizando pequenas e médias cirurgias.

Objetivo

O objetivo foi o de permitir um diálogo amplo entre as várias especialidades médicas que podem se beneficiar com o uso da robótica. Ao todo, dez sociedades de especialidades cirúrgicas participaram do evento. A urologia, a ginecologia, a cirurgia geral e a proctologia são as especialidades que mais utilizam a cirurgia robótica, sendo a prostatectomia robótica (retirada da próstata) no tratamento do câncer de próstata, a cirurgia mais realizada com o robô. “Contudo, o uso em outras cirurgias vem aumentando consideravelmente e, sendo assim, precisamos apresentar aos cirurgiões detalhes dessa técnica cirúrgica, além das inovações que têm ocorrido na área. O robô permite associar várias tecnologias à sua plataforma como, por exemplo, o uso de ultrassonografia durante a cirurgia”, avalia o Dr. Pedro Romanelli.

Um grande benefício da cirurgia robótica é revolucionar a forma como é feito o treinamento dos novos cirurgiões. É mais ou menos como treinar um piloto de avião, sendo necessárias muitas horas de simulação antes de se fazer a primeira cirurgia. As exigências quanto às normas de segurança e controle de resultados têm aumentado muito. Mas é muito importante reforçar que o robô não opera sozinho. Um cirurgião treinado e com experiência nessa tecnologia é fundamental para garantir o melhor resultado para o paciente. Daí a importância de se criar eventos como este.

Evento

O Simpósio contou com a presença de vários profissionais de destaque, especialmente nas áreas de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo, Cirurgia Oncológica, Urologia, Ginecologia e Coloproctologia. Com a recente chegada do sistema Da Vinci em Minas Gerais, cada vez mais profissionais estão interessados na utilização da cirurgia robótica para o tratamento de várias doenças.

Luiz Cabral/ASCOMHCP/ com informações/fotos Clóvis Campos