Estimativas apontam câncer de pele como um dos mais inicidentes no país

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No Brasil, as estimativas para o ano de 2016 serão válidas também para o ano de 2017 e apontam a ocorrência de aproximadamente 596.070 casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, desses 49% (205.960) em mulheres e 51% (214.350) em homens, reforçando a magnitude do problema do câncer no país. Sem contar os casos de câncer da pele não melanoma, estima-se um total de 420.310 mil casos novos. Os tipos mais incidentes serão os cânceres de pele não melanoma, mama, colorretal, colo do útero, e de pulmão para o sexo feminino, e os cânceres de pele não melanoma, próstata, pulmão, colorretal e estômago para o sexo masculino.

O câncer pode ser silencioso, mas também fatal. No Brasil é a segunda doença que mais mata anualmente, conforme o Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA). “Nós podemos. Eu posso” é uma campanha, desenvolvida pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) que, pretende mostrar como todos, em grupo ou individualmente, que podem fazer a sua parte para reduzir o câncer. De acordo com o INCA, atualmente, 8,2 milhões de pessoas morrem por ano de câncer no mundo. No Brasil, foram registradas 196.954 mortes por câncer em 2013 (SIM). Para 2016, estima-se a ocorrência de mais de 596 mil casos da doença no país. Pela estatística, ainda neste ano, entre os homens, são esperados 295.200 novos casos, já entre as mulheres, 300.870.

Incidências

As Estimativas 2016 – Incidência de Câncer no Brasil, do INCA, apontam que o tipo de câncer mais incidente em ambos os sexos será o de pele não melanoma (175.760 casos novos a cada ano), o que corresponde a 29% do total estimado. Depois desse, para os homens, os cânceres mais incidentes serão os de próstata (61.200 novos casos/ano), pulmão (17.330), cólon e reto (16.660), estômago (12.920), cavidade oral (11.140), esôfago (7.950), bexiga (7.200), laringe (6.360) e leucemias (5.540). Entre as mulheres, as maiores incidências serão de cânceres de mama (57.960), cólon e reto (17.620), colo do útero (16.340), pulmão (10.860), estômago (7.600), corpo do útero (6.950), ovário (6.150), glândula tireoide (5.870) e linfoma não Hodgkin (5.030).

Câncer de pele não melanoma

É o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. Entre os tumores de pele, o tipo não melanoma é o de maior incidência e mais baixa mortalidade. O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores. Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas.

Como a pele – maior órgão do corpo humano – é heterogênea, o câncer de pele não melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais frequentes são carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide, representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo. É o primeiro mais incidente em homens nas regiões Sul, Centro-Oeste, Sudeste. Nas regiões Nordeste e Norte encontram-se na segunda posição. Nas mulheres é o mais frequente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Nordeste. Já na região Norte ocupa a segunda posição. Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada, porém sua incidência é baixa (3.000 casos novos em homens e 2.670 casos novos em mulheres). As maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na região Sul. Os dados do Instituto apontam ainda que o número de casos novos de câncer de pele não melanoma estimado para o Brasil em 2016 é o de 80.850 entre homens e de 94.910 nas mulheres.

Estimativas de novos casos de câncer, em mulheres, para 2016/2017

Estimativa_2016_Mulheres

Estimativas de novos casos de câncer, em homens, para 2016/2017

Estimativa_2016_Homens

INCA/Ilustração