Pelas características do clima no Brasil, na maior parte do tempo com temperaturas elevadas, o tumor de pele é o tipo mais comum de câncer no país. Conforme avaliação do Instituto Nacional de Câncer (Inca), este ano devem ser registrados 188 mil novos casos da doença, principalmente de câncer tipo não melanoma, a forma mais comum e menos agressiva. De acordo com o Inca, existem 17 tipos de tumor de pele. Segundo o médico cirurgião oncológico Ian Barroso, do Hospital HSM – Centro Avançado de Oncologia, eles são subdivididos em não melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular), menos agressivo, que representa a maioria dos casos, e melanoma, o mais agressivo, com elevada mortalidade, e que deverá atingir seis mil brasileiros este ano. De acordo com o oncologista, pessoas de pele clara estão mais propensas a desenvolver câncer, uma vez que possuem pouca melanina, uma proteína que confere pigmentação à pele, aos olhos e aos pêlos humanos.
SINAL – Os principais sintomas do câncer cutâneo são manchas, nodulações ou lesões não cicatrizantes que aparecem principalmente em áreas expostas à radiação solar. “No caso dos tumores não melanoma, é preciso ter atenção a lesões de surgimento recente, feridas que nunca cicatrizam, lesões com aspereza, que sangram e têm alguma ardência. Pacientes de risco, ou seja, da raça branca, pele clara, assim como olhos e cabelos claros, expostos à radiação ultravioleta solar ao longo de suas vidas, seja por motivo de profissão (como pescadores) ou lazer, que desenvolvam lesões ulceradas tipo feridas ou nodulares elevadas na superfície cutânea, principalmente do rosto, colo e ombros (áreas mais expostas) com crescimento lento e gradual, sangramento fácil ao toque, vermelhidão no tecido adjacente e até mesmo prurido pode sugerir neoplasias cutâneas”, explicou o médico.
Quem possui sinal de nascimento ou manchas na pele que aumentam de tamanho, intensificam a sua coloração ou assumam formas irregulares, deve ficar atento, pois estas características podem indicar um melanoma, o câncer de pele mais agressivo.
Dicas para uma maior proteção nas férias:
Além do filtro solar, no verão é importante usar chapéu e roupas de algodão nas atividades ao ar livre, pois retêm cerca de 90% das radiação UV.
Tecidos sintéticos, como o nylon, retêm apenas 30%.
Evite a exposição solar entre 10h e 16h.
As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV.
Outro objeto que tem extrema importância são os óculos de sol, que previnem cataratas e lesões á córnea.
Aumente a ingestão de líquidos no verão e abuse da água, suco de frutas e da água de coco.
Todos os dias, aplique um bom hidratante, que ajuda a manter a quantidade de água na pele entre 10% a 30%.
Alguns alimentos podem ajudar na prevenção dos danos que o sol causa à pele, como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba.
Fonte:Sociedade Brasileira de Dermatologia/foto divulgação